As revelações de que homens da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) espionaram diplomatas russos e iranianos no Brasil expõem um racha nos órgãos de inteligência da Presidência e a falta de comando que pacifique as duas unidades: A Abin, civil, não aceita ficar sob o comando dos militares do GSI – Gabinete de Segurança Institucional. Uma prova foi a revelação da Coluna, em Setembro, de que nenhum agente da Abin foi incluído pelo GSI na comitiva do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na viagem aos EUA no final de Agosto para cobrar explicações sobre a espionagem.
Vai ou racha. A situação chegou à presidente Dilma há meses e só agora, com o vazamento, a deixa numa saia justa. Ela terá de tomar uma decisão enérgica para pacificar os órgãos.
Parceiros. Para o governo, a Abin não fez nada mais que seu dever. Não há grampos, nem invasões. Mas há suspeitas de colaboração com a CIA e a própria NSA.
Que mico!. A CIA e NSA intensificaram as ações bilaterais após o atentado terrorista de 2001. Se houve colaboração do governo Lula, em 2003, Dilma perde a razão em criticar os EUA.