A mineradora Vale tentou evitar a aprovação de um requerimento da CPI de Brumadinho que pede a indisponibilidade de bens da empresa e de seus dirigentes: Fabio Schvartsman, presidente afastado; Gerard Poppinga, diretor-executivo afastado; Lúcio Cavalli, diretor afastado; Silmar Silva, diretor afastado de Operações do Corredor Sudeste.
No documento enviado à comissão, ao qual a Coluna teve acesso, a Vale alega que “já há R$ 17,6 bi bloqueados ou depositados em juízo para garantir a efetiva indenização das vítimas”.
Diz ainda que “já utilizou outros R$ 300 milhões em medidas sociais e ambientais para a mitigação e reparação dos danos” e “comprometeu-se a doar R$ 80 milhões ao município de Brumadinho”.
O documento da Vale chegou à CPI na segunda-feira, 8. Ontem, no entanto, os senadores da comissão aprovaram o requerimento de Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e a ação de indisponibilidade dos bens será ajuizada.
A CPI de Brumadinho também aprovou a quebra do sigilo bancário e telefônico do engenheiro Makoto Namba, da empresa TÜV SÜD. Ele declarou que foi pressionado a assinar o laudo de estabilidade da barragem de Brumadinho.