A União e os governos estaduais adotaram planos de segurança inadequados nos últimos anos para conter a onda de violência turbinada por lutas entre facções. Todos (estados e Governo Federal) desconsideram a crise-gêmea do setor penitenciário e suas relações intrínsecas e simultâneas com a crise de segurança pública. Essas conclusões foram entregues e apresentadas pelo professor José Raimundo Carvalho, da Universidade Federal do Ceará, à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado que, ao longo de 2018, discutiu a questão orçamentária e reflexos econômicos da crise da segurança pública.
O professor aponta que, mesmo após várias gestões enfrentando problemas de segurança pública, os governos desconsideraram a consolidação do tráfico de drogas e estruturação das facções nos seus Estados (desde meados de 2000 – PCC, CV e várias facções locais).
O Ceará, que está sob ataque de criminosos há 11 dias, é um dos estados que, segundo a análise do docente, cometeram “erros grosseiros em relação ao diagnóstico da violência”.