Há um setor que lucra muito e entrega tão pouco. A ANS contabiliza, hoje, 9.986 planos de saúde de coparticipação (o cliente paga a mensalidade, e cobre também eventuais consultas, exames e cirurgias). Autorizados com a desculpa de reduzir preços, estão nas mãos de sociedades de médicos nas pequenas cidades.
A maioria deles atende mal – e nas instalações do SUS. Sem gente para fiscalizar in loco a máfia, a ANS depende das denúncias. Foram 3.285 reclamações em 2020 e são 3.128 até esta semana. Desde janeiro de 2020, 180 multas foram aplicadas e 34 operadoras liquidadas por irregularidades.