Para quem ainda se pergunta por que a Copa da FIFA terá abertura em São Paulo – e não no Rio de Janeiro ou em Brasília, com estádios melhores que a Arena Corinthians, ainda muito criticada até pela entidade organizadora do torneio: capacidade aeroportuária.
Não foi por ser a maior cidade brasileira ou ter uma boa rede hoteleira – Rio e Brasília também possuem – que São Paulo foi a escolhida pela FIFA.
O primeiro requisito e um dos principais avaliados pela entidade é a rede de aeroportos na capital e região metropolitana para os convidados chefes de Estado e empresários e turistas do mundo inteiro que vão desembarcar no Brasil em jatos executivos apenas para o evento.
Nenhuma outra sede tem uma rede tão próxima de bons aeroportos para jatos executivos: Congonhas (Campo Belo), Cumbica (Guarulhos), Campo de Marte (Santana), Viracopos (Campinas) e Jundiaí. Com exceção de Campinas, a 90 km da capital, os outros ficam num raio de até 40 km. Distâncias consideradas pequenas em razão da rede viária.
A FIFA leva a sério esse quesito. Na final da Copa de 2010 em Johanesburgo, na África do Sul, cerca de 800 jatinhos de bacanas convidados e turistas que compraram ingressos lotaram os pátios dos aeroportos da região. Esse montante de aviões não cabe nos pátios do Galeão e Santos Dumont, no Rio, ou no JK de Brasília.
O grande desafio será para a capital fluminense, que sediará em julho a final da Copa. O governo estuda abrir inclusive a pista da Base Aérea Militar de Campo dos Afonsos, na Zona Oeste, e melhorar a logística de Jacarepaguá – usado apenas por aviões de pequeno porte e escolas de aviação.