Antes de ser eleito presidente da República, Jair Bolsonaro soltou que mudaria a lei para extinguir o indulto a detentos em datas festivas, a famigerada “saidinha” da cadeia. Passaram-se quatro anos e viu-se um desfile de marginais nas ruas das grandes capitais em reincidência de crimes. A Coluna levantou os dados nas três principais cidades do Brasil para o “saidão” do Natal e Réveillon.
No Estado do Rio de Janeiro, 1.997 presos foram liberados dia 24 de dezembro, com retorno agendado para o dia 30 de dezembro, até às 22h. Ao todo, 20% deles não retornaram. Fugiram 390 marginais. Índice similar ao mesmo período de 2021: dos 3.187 detentos com liberdade provisória, 687 não retornaram.
Em São Paulo, o Judiciário autorizou saída temporária de 36.041 apenados entre 23 de dezembro de e 3 de janeiro: 4,61% (1.661 potenciais bandidos) desfilam nas ruas. Em Brasília, foram liberados 1.958 presos, mas 25 não voltaram e circulam felizes pelas ruas da capital.
A Lei n° 7.210/84 prevê a soltura para “proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado”. E dane-se o cidadão de bem.