A saída do ministro da Justiça do Governo, Sérgio Moro, e a troca do comando da Polícia Federal, Maurício Valeixo, revelaram uma disputa discreta nos bastidores do Palácio do Planalto.
Com a exoneração de Valeixo, há dois delegados federais cotados para a direção-geral da PF. São eles: Anderson Torres, atual secretário de Segurança do DF – amigo dos filhos do presidente Bolsonaro e apadrinhado pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Ramos; e Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência – apadrinhado pelo general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
Augusto Heleno almeja um militar no comando da ABIN, uma agência de civis. A eventual ascensão do delegado Ramagem abriria caminho para o projeto do general.
Dia 2 de dezembro do ano passado, a Coluna antecipou que o presidente Bolsonaro pretendia trocar o comando da PF ainda no primeiro bimestre. O prazo já venceu.