O Rio de Janeiro pega fogo com as prisões seguidas de dois ex-governadores – Anthony Garotinho (PR) e Sérgio Cabral (PMDB) – a estadia em Curitiba de Eduardo Cunha (PMDB), ex-presidente da Câmara Federal, e o cerco contínuo dos investigadores a outros nomes do PMDB.
As consequências vão desmontar muito do cenário político-eleitoral no Estado e mexer com o tabuleiro nacional.
O PMDB, atingido em cheio nas últimas operações, começa a repensar seus quadros. Houve reunião de emergência da cúpula do Governo de Michel Temer e do comando do partido a portas fechadas.
A certeza do grupo que manda no partido é a de que a legenda terá de procurar novos nomes nacionais se quiser sobreviver a partir de 2018. Temer vai “se aposentar” após o fim do mandato.
DETALHES
Paulo Fernando, o último detido do grupo de Cabral pela Polícia Federal ontem, é neto do saudoso Magalhães Pinto, ex-governador de Minas e ex-dono do Banco Nacional.
Em outra frente, a PF está de olho num irmão do detido Wilson Carlos, ex-assessor do Governo, que controla fundo de investimentos em São Paulo com conexão com bancos chineses.