A alta rejeição popular aos dois candidatos a presidente que disputarão seu voto dia 30 é um forte sinal de que urge das ruas um nome da terceira via. Mas outros índices comprovam essa tendência. O Brasil corre o risco de ir às urnas daqui duas semanas com apenas metade de seus votantes.
No 1º turno, a alta abstenção de 32 milhões de votos (20,95% do total de eleitores) juntou-se a 1.964.779 de votos em branco (1,59%) e 3.487.874 de votos nulos (2,82% do total) – essa soma dá 25,36%. Os candidatos Simone, Ciro, Soraya, D’Ávila e Kelmon obtiveram, juntos, 8,25% dos votos, e não há garantia de migração desses votos para Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PL).
Em suma, quase 40% da população recusou ambos, índice que pode se manter ou crescer neste 2º turno diante da indiferença à polarização que persiste nas pesquisas.