Apesar da renovação de 47,3% de deputados na Câmara, a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) seguiu o mesmo script das legislaturas e disputas anteriores. A vitória com folga do democrata – obteve 334 votos – foi pavimentada com o velho “toma lá, dá cá” que atraiu o partido do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e até legendas da oposição, como PCdoB e PDT. Com a mesma estratégia dos antecessores – como Eduardo Cunha (MDB), Henrique Eduardo Alves (MDB), Marco Maia (PT), Michel Temer (MDB) – Maia angariou amplo apoio após selar o acordo que loteou os principais cargos da Mesa Diretora da Câmara.
A eleição de Maia garantiu ao PSL a segunda vice-presidência; o PR ocupará a primeira secretaria, o PDT ficará com a segunda, o PSD com a terceira e o PP com a quarta secretaria. A primeira vice-presidência será do PRB.
Dos 513 deputados empossados na sexta, 243 são “novos” (de primeiro mandato), 251 foram reeleitos e 19 dos eleitos já foram deputados em legislaturas anteriores. PT e PSL têm as maiores bancadas, com 55 cada.