Consagrada ontem a maior atleta olímpica do Brasil pelo conjunto de medalhas na Ginástica desde os Jogos de Tóquio, Rebeca Andrade vai sentir o peso dos impostos do Brasil quando desembarcar no Aeroporto de Guarulhos, sua terra natal.
Premiada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) com R$ 798 mil pelas medalhas na França, ela terá de pagar cerca de 27% de impostos – ou seja, a Receita vai abocanhar estupendos R$ 215 mil da ginasta. O COB pagará R$ 350 mil pelo seu ouro, R$ 210 mil por cada uma das pratas e R$ 28 mil (cota por membro da equipe) pelo bronze.
Um movimento político tenta, tardiamente, isentar os atletas brasileiros da mordida do “Leão” da Receita. Em vão. Nos corredores do órgão – sempre ávido por sua cota – avisaram que isso deveria ter sido resolvido pelo COB com Portaria da Fazenda antes dos Jogos.