A posse de Edinho Silva na Secretaria de Comunicação do Planalto pôs fim a uma disputa ferrenha pelo controle da bilionária verba anual de publicidade da Presidência.
Bem diferente do cenário que o partido defendia em 1999, quando o PT queria extinguir a verba oficial do Palácio, então no governo Fernando Henrique Cardoso. O deputado Paulo Rocha (PT-PA) propôs isso no PL 33/1999.
Mas isso era antes de o PT assumir o Poder. A Mesa Diretora da Câmara arquivou a proposta de Rocha em 2007, quando o petista Arlindo Chinaglia era presidente da Casa.
Até a decisão da presidente Dilma por Edinho, ainda durante a gestão de Thomas Traumann, havia uma velada disputa no PT pelo controle da fatia bilionária de publicidade.
Venceu o grupo palaciano, contra a vontade de parte do PT, entre eles o presidente Rui Falcão, que desejava direcionar a verba para o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini. Este ganharia muito poder comandando as concessões de TV e rádio e a distribuição de propaganda oficial.
A despeito da disputa, uma certeza é consenso nos dos dois grupos, e para a própria Dilma: voltar a investir na mídia regional é essencial.
HOMEM DA PRESIDENTE
Edinho Silva, seu ex-tesoureiro de campanha eleitoral, não tem padrinho, é da cota da própria Dilma Rousseff. Não precisará bater continência para Aloizio Mercadante (Casa Civil) ou para Berzoini, das Comunicações.