Após quatro anos de inércia, o procurador da República Fernando José Aguiar de Oliveira sugeriu o arquivamento do inquérito que apura o suposto envolvimento do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, e de outros seis bancos na manipulação do mercado com o objetivo de depreciar as ações da OGX — petroleira cuja derrocada levou à falência o empresário Eike Batista.
Segundo o procurador, como os crimes investigados prescrevem em um ano, ele e a Polícia Federal não teriam tempo suficiente para concluir as apurações. A solução proposta, portanto, seria o encerramento do inquérito sem esclarecer se as suspeitas que contribuíram para a queda de um império de US$ 34 bilhões têm ou não fundamento.
Ainda não está claro se a Polícia Federal adotará o mesmo posicionamento do procurador. A decisão de sugerir o arquivamento de um caso com um ano de antecedência, sob o argumento de que não haveria tempo hábil para investigar, não tem precedentes no Direito brasileiro.