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Brasília - 29 de novembro de 2024 - 13:05h
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Primeira transsexual no CNDM é reeleita

Foto: Divulgação
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Com Amanda Gusmão

Chopelly Glaudystton, que representa a Associação Nacional de Travestis e Transsexuais, foi a primeira mulher transsexual a ser eleita para o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher no triênio passado, como suplente. Chopelly tomou posse novamente esse ano mas, dessa vez, como titular.

Chopelly explica que antes da ANTRA não havia representatividade dentro do conselho, que acreditava que a luta das mulheres transsexuais e travestis cabia somente ao conselho LGBT. “A associação ajudou a criar muitas das políticas públicas que existem para a população de travestis e transsexuais, há anos a gente lutava para ser inserida dentro do CNDM”, destaca.

Ela conta também que justamente por travestis e transsexuais serem do gênero feminino existe essa necessidade de participarem das discussões acerca de toda a política voltada para as mulheres, com recorte para mulheres travestis e transsexuais. “Isso pra gente foi uma grande vitória: o reconhecimento da questão de gênero das mulheres travestis e transsexuais”, ressalta.

Mas Chopelly não é mais a única representante do movimento no conselho. Esse ano Jovanna Cardoso também tomou posse, representando o Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros. Jovanna tinha informações que o conselho era muito fechado para as questões acerca da transsexualidade e travestilidade, mas quando viu Chopelly no conselho, mesmo como suplente, inscreveu o FONATRANS assim que abriram o próximo edital. Conseguiram 27 votos dos 21 necessários.

Jovanna conta que ainda há uma resistência muito grande envolvendo a presença de travestis e transsexuais nessas discussões, “Tem pessoas radicais que se trancam numa redoma, e acham que tem o poder de segregar as pessoas. Mas dentro do CNDM não sofremos nenhuma retaliação, fomos muito bem recebidas. Não estamos no conselho para afrontar ou tomar o espaço de ninguém. Estamos lá para somar à luta. A mulher tem que ser inserida e tem que ser respeitada em todo o seu ser”, destaca.

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