A Polícia Federal descobriu um rombo surreal no Postalis, o fundo de pensão dos Correios, após colocar as mãos na papelada apreendida na última operação que prendeu conselheiros.
O fundo adquiriu centenas de milhões de reais em papéis das dívidas públicas da Venezuela e Argentina, países quebrados e sem condições de honrar os débitos. Foi durante a gestão do PT.
Os investigadores rastreiam as canetadas para saber quem deu a ordem que causou prejuízo e se houve – há indícios fortes – ingerência política na decisão e qual instância teria partido.
Outra descoberta da PF é a de que os conselheiros, apadrinhados políticos, passaram por cima do grupo de análise de risco, cuja maioria dos pareceres eram contrários aos investimentos que deram problema. Na última operação conselheiros foram presos e agora uma diretora está na mira.
O Postalis tinha R$ 6 bilhões em caixa. Com as maracutaias descobertas pela PF, tem pouco mais que R$ 1,5 bilhão de reserva e patrimônio.