Diante da situação jurídica cada vez mais difícil para a criação da Rede, o presidente nacional do Partido Ecológico da Nação (PEN), Adilson Barroso, fez ontem à tarde uma proposta para Marina Silva: ela se filia ao PEN, e pede adiamento por três semanas do julgamento do recurso no TSE – tempo suficiente para os cartórios reconhecerem a criação do partido, e então promove-se a fusão das duas legendas.
Ele ainda dá opção de a incorporação se chamar Rede. Seria agora a única manobra jurídica e regimental para ela se candidatar ao Palácio do Planalto aproveitando a militância criada.
Barroso, que revela nunca ter conversado pessoalmente com Marina, ‘nem por telefone’, diz à coluna que torce para a criação da Rede na sessão do TSE de amanhã, mas que tem esperança de que ‘ela vai nos procurar e será a candidata a presidente pelo PEN51’.
Barroso levou seis anos para coletar as assinaturas e fundar o PEN51 – ele faz questão de citar o número, que acha chamativo – e explica que embora disposto a ceder a presidência da legenda para Marina, a fim de tê-la candidato, isso não quer dizer que ela terá o controle do partido.