Uma pesquisa inédita realizada por um servidor da Câmara dos Deputados indica que metade dos parlamentares tem alto risco de enfarte. É o que aponta estudo com 20 políticos da Casa. Embora um número baixo, a amostra indica que, pelo perfil dos políticos da atual Legislatura, praticamente 45% dos parlamentares estão nesse grupo. Pelos dados, eles foram diagnosticados com estresse, sedentarismo e a alimentação desregrada, diz o autor da tese de pós-graduação, Ítalo Lages Luongo Filho.
Os pesquisados apontaram o cansaço físico e mental nas comissões que excedem os horários e a participação em comissões simultâneas como maiores causas do estresse.
Os outros têm baixo risco de enfarte (15%) e risco moderado (40%). Os políticos reclamam do pouco tempo para refeição na Câmara e dos voos longos e semanais.
Ítalo Lages ressalta que “há um aparente estresse intrínseco à atividade parlamentar, aliado a uma suposta idade média elevada”.
Segundo o servidor, a ideia da pesquisa veio depois de observar, durante três Legislaturas, um envelhecimento acelerado dos deputados em curto período de mandato. É aquela conhecida história contada pelos políticos: campanha envelhece os outros. Pelo que se prova agora, mandato também
‘Foram pesquisadas variáveis para avaliação de risco à saúde abrangendo a síndrome metabólica, o sedentarismo, o estresse, a alimentação desregrada, o tabagismo e as próprias peculiaridades da atividade legislativa’, relata o autor.