A reunião do presidente Jair Bolsonaro com a cúpula das Forças Armadas e ministros militares do Planalto, no sábado – conforme a Coluna publicou em primeira mão no site – foi papo de compadres, mas Bolsonaro incluiu improvisadamente três temas à mesa: saída de Sérgio Moro da Justiça; STF e a investigação de manifestações; e combate a coronavírus.
O maior pedido aos chefes do Exército, Marinha e Aeronáutica, diante de um clima beligerante entre os Três Poderes, foi a garantia da lei e ordem para evitar novamente um eventual cenário de convulsão popular de 2013, durante o Governo Dilma Rousseff, que parou o País. Seguindo a Constituição, claro.
Mas o presidente deixou o povo tenso – e precisa explicar – o que quis dizer com “Chegamos ao nosso limite, não tem mais conversa”.
É balela pura qualquer informe além dessas pautas, principalmente invenção de que trama-se um golpe – o que a oposição sempre alardeia para incendiar o País.
Um golpe é ilógico para os militares, conscientes de seu dever e da consolidação da democracia; sabem que não têm estrutura, nem dinheiro, nem tropa, nem bala no coldre.
O vice-presidente, General Mourão, não participou da reunião. Está muito brabo com bolsonaristas que o chamam de índio golpista e índio traíra. Como se quisesse o cargo.
O comportamento institucional e republicano do vice Mourão é exemplar. Não faz sombra no chefe; sabe que é ali é único lugar do mundo onde um Capitão manda mais.