Caciques de partidos da esquerda que se reuniram com o ex-presidente Lula da Silva nos últimos dias reforçaram a tese de que a oposição precisa se unir em 2020 para ampliar o número de prefeituras – principalmente nas capitais – e enfrentar as candidaturas aliadas do Governo Jair Bolsonaro e de partidos adversários históricos, como o PSDB e DEM.
Embora concorde com a coalizão para as eleições, o petista se mantém arredio na defesa de que o PT mantenha a cabeça de chapa, mesmo com todo o desgaste de imagem da legenda e de seu líder máximo, com o camburão na porta.
Quem saiu da conversa com Lula repete que há sinais de difícil aliança para o pleito municipal, e que os partidos de esquerda vão rachados para a maioria das disputas.
Lula tem todo o cenário para voltar às ruas como um líder político atual, mesmo sem mandato. Mas prefere destilar o ódio e rancor em discursos e nas redes sociais.
Língua imprudente
Em vídeo que viralizou no fim de semana, com boné do MST, Lula – condenado por corrupção e com quatro processos por ladroagem nas costas – chama o presidente Bolsonaro de miliciano e o acusa de envolvimento no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco.