Da coluna deste domingo, 06
Político virou profissão, e não mais agente público, na visão do PHS – Partido Humanista da Solidariedade. A direção lançou o Curso de Formação Política para filiados, com um DVD, e obrigou os diretórios municipais, sem consultá-los sobre os seus caixas, a adquirirem o material sob pena de intervenção da executiva nacional. O preço de um único DVD varia de acordo com o tamanho dos municípios: de R$ 3 mil, para até 20 mil habitantes, até R$ 25 mil, para cidades acima de 300 mil. Até ontem à noite, o PHS não cobrava acesso ao seu site, onde faz campanha pelo Imposto Zero.
Nos ofícios 1, 2 e 3/2012 de Fevereiro, o PHS avisa ao então presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, da iniciativa do partido sobre o curso.
O DVD contém uma palestra de uma integrante da Associação Brasileira de Consultores Políticos. Procurado, o PHS não informou quantos vendeu.
O PHS levou à TV em rede nacional seu programa dia 19 de abril. O presidente Paulo Roberto Matos aparece. Mas o partido esconde o seu fundador, Phelipe Guédon, esquecido em casa em Petrópolis.
De acordo com os ofícios enviados ao TSE, também ficou decidido que “Em conformidade com o artigo 15 do estatuto do partido cada filiado vai pagar R$ 50 por anuidade”. Uma quantia modesta, em relação ao que outros partidos cobram.
Um dos membros da executiva, Belarmino Sousa, no programa, diz que o PHS é um partido diferente porque a forma de fazer política no Brasil vem mudando. Vê-se pelo registro acima.
Leia a íntegra da coluna nos jornais (ao lado)
2 comentários em “PHS cobra até R$ 25 mil por um DVD para ‘formar político’”
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Senhor Colunista,
choro ao ver o nome do PHS arrastado na lama, e agradeço por deixar claro que estou “esquecido” em Petrópolis, RJ. Pensar que tentamos cumprir o desejo expresso pelo Dr. Herbert Lévy, o de “assegurar um pequeno espaço de chão limpo, sobre o qual se pudesse praticar política partidária decente”… Leva-se uma década e meia para construir uma obra que um grupo de profissionais da má politica deturpa em 15 meses… Talvez ainda seja possível reverter essa decadência, se a Justiça de Brasília atender aos reclamos que lá estão desde março de 2011…
Atenciosos cumprimentos,
Philippe Guédon