Por Pedro Nonato *
Neve – neve, mesmo – em Paris é coisa rara. Não falo daquela neve fina, que vez ou outra tomba no inverno mas que mais molha do que deixa o chão branquinho. Falo daquela neve espessa, de flocos pesados, que em pouco tempo deixa as calçadas, os carros, as roupas e os cães branquinhos (outra coisa rara em Paris, cães branquinhos).
Há muito tempo não vejo a cidade coberta de neve como nos últimos três, quatro dias: os jardins, os parques e os cais à beira do Sena estão com uma camada de 20 a 30 centímetros de neve fofa, onde tenho levado meus dois cachorros para se esbaldarem comigo que, devo confessar, me transformo em um bobo completo ao menor sinal da cobertura branca.
Outro dia um amigo alemão de disse o seguinte: a sua fascinação pela neve é a mesma que tenho (ele) pelas areias brancas das praias do Brasil. Faz sentido, ao menos para mim.
E a cidade, laminha, transito e frio de lado, fica diferente, linda, quase angelical que estamos todos, os cães, minha mulher e eu, adorando.
Outra boa coisa de morar aqui é poder encontrar, fora do dia-a-dia corrido do Brasil, amigos queridos.
Esta semana foi a vez de estar com um casal sensacional: Salma e Reinaldo, ele meu colega de Jornal do Brasil e do site da queridíssima Anna Ramalho. Bons de papo, gentis, educados e, sobretudo, cultos e inteligentes. Um casal 20, sem dúvida.
* Colaborador correspondente do Portal Esplanada na Europa