O Palácio está de olho no milionário setor (contra o Governo, claro) das empresas que têm contratos de assessoria de imprensa de estatais, ministérios e autarquias.
Há anos a União perdeu o controle, diante da autonomia dada aos órgãos para contratos deste tipo. Hoje, os contratos beiram a centena de milhão de reais por ano – e apenas três grandes empresas dominam esse mercado em Brasília.
Com o eventual encerramento das atividades da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), uma ideia é aproveitar os jornalistas concursados da estatal para fazer as assessorias dos ministérios e estatais.
Casos surreais se repetem nos órgãos federais: em muitos deles há jornalistas concursados, mas as pastas mantêm – e renovam – os contratos com as terceirizadas.
Os governos estaduais e prefeituras (de capitais e cidades-pólo) não ficam atrás. Muitas gestões seguem esse modelo – e com as mesmas empresas que atuam em Brasília.
O poder é tamanho que em alguns Estados, há anos, as terceirizadas emplacam os secretários de Comunicação dos Governos. Para manter o processo.