No 1° round pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, cuja eleição será somente em 2026, o grande vitorioso é o atual governador Cláudio Castro (PL). Embora o prefeito Eduardo Paes (PSD) surfe na onda da popularidade na capital, o governador é quem tem mostrado equilíbrio nessa onda ao articular palanques em diferentes partidos, tanto na cidade, quanto no interior, apurou a Coluna.
Ao lançar três candidaturas à prefeitura da capital – Marcelo Queiroz (PP-PSDB), Rodrigo Amorim (União Brasil) e Alexandre Ramagem (PL-MDB-REP), Castro não só deixou o atual prefeito Eduardo Paes com menor tempo de televisão, repetindo algo inédito pra quem se vende como um exímio articulador político. Fato este somente ocorrido com Marcelo Crivella, quando buscou a reeleição contra o próprio Paes: também deixou o alcaide no córner abraçado com a esquerda, cuja liderança maior, o Presidente Lula da Silva, o atual prefeito vem tentando esconder diante da baixa popularidade do petista na capital.
Essa leitura acendeu o alerta no Palácio do Planalto, dado que Lula precisa avançar ao centro para retomar uma fatia do eleitorado perdido nas últimas eleições. Pior ainda para Eduardo Paes, que sonha em ser candidato ao Palácio Guanabara em 2026, é ver que os dois possíveis candidatos do campo de Cláudio Castro – o deputado federal Doutor Luizinho (PP) e o presidente da ALERJ, Rodrigo Bacellar (União) – são de partidos aliados do Governo Lula III.
É desta análise que Eduardo Paes tenta convencer seus correligionários a abrirem fogo contra Cláudio Castro. Porém, até aqui, todos têm deixado o malabarista sozinho se equilibrando entre pratos. E os ministros lulistas do Palácio do Planalto, que de pragmatismo sabem tudo – e que também não se movimentam por Paes – já estão reorientando a bússola para 2026.