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Brasília - 21 de novembro de 2024 - 5:23h
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Paes avisa PMDB: não quero ser bucha para 2018

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Charge de ALIEDO
Charge de ALIEDO

Nome potencial do PMDB como candidato a presidente da República após 28 anos, para daqui a três anos, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, vive um dilema.

Sente-se afagado pela cúpula da legenda ao passo que, conhecedor dos seus pares e de experiências passadas, já mandou o recado: não quer ser bucha para futuras negociações de aliança.

‘Se for, quero ser candidato para valer’, disse Paes há poucos dias a aliados do Rio.

Mas este é o plano B. Paes está no segundo mandato e o plano A é suceder Luiz Fernando Pezão no governo do Estado.

MOVIMENTO

A citação de Paes como cotado para 2018 não é um movimento carioca da legenda. Foi cotado por Eduardo Cunha e Pezão, mas também pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO). O maior artífice por ora é o presidente da Câmara, que voltou a citar Paes em discurso na sexta-feira, em Curitiba, no lançamento da Câmara Itinerante.

Ocorre que o PMDB pós-Paes não tem candidato forte ainda. Os dois cotados são Pedro Paulo, secretário da Prefeitura, e o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani.

Estima-se que outros candidatos do Rio serão Marcelo Crivella (PRB), Marcelo Freixo (PSOL) e o hoje vereador Cesar Maia (DEM), ex-prefeito por quatro mandatos.

O mais curioso deste cenário pró-Paes é que ele deve sua meteórica ascensão ao ex-governador Sérgio Cabral. São amigos de longa data , e Cabral, que na década de 90 fez uma frustrada campanha à prefeitura do Rio, há poucos anos vislumbrou em Paes a oportunidade de emplacar um nome do partido no comando da capital e acertou.

Entre 2003 e 2006, Eduardo Paes desfilava apenas como mais um deputado federal tucano sem grande expressão no Congresso, atacado por petistas e em especial pela tropa do então presidente Lula.

Foi nesta época que Sérgio Cabral o convidou a se filiar ao PMDB e o avisou do plano de alçá-lo à prefeitura. Uma vez eleito em 2008, Paes tocou a administração com um esmero não esperado pelo carioca, e ganhou a simpatia da população como ‘o garoto do Rio’ que representa a cidade. O que o levou facilmente à reeleição em 2o12.

A conquista junto ao COI do projeto do Rio para sediar a Olimpíada de 2016 tornou-se seu grande trunfo – outro patrocínio de Cabral – e já se torna a grande vitrine internacional para o peemedebista pleitear seu lugar junto à cúpula para uma disputa presidencial.

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