O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, está fritando no cargo. Ele é o nome do PSC para disputar o Planalto e se queimou com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira – seu superior direto – após fazer críticas ao presidente Michel Temer.
Foi na Marcha dos Prefeitos em Cuiabá, na quarta-feira. Rabello deu uma estocada em Temer: “Vamos desembolsar R$ 90 bilhões (em investimentos) e R$ 130 bilhões (ao Tesouro, referentes a empréstimos) para coisa nenhuma, essa é a verdade”. Foi muito aplaudido, mas ecoou em Brasília e no exterior.
A próximos, Rabello diz que pode desistir de concorrer (tem 1% das intenções de voto) e diz que tem o poder de escolher se continua presidente do BNDES ou disputa.
Furiosos, assessores do Palácio fizeram o caso chegar aos ministros Moreira Franco e Dyogo Oliveira, que tratam de atração de investimentos para encontros em Nova York.
Para o ministro do Planejamento, em conversa com palacianos, Rabello ‘extrapolou’ e ‘não tem mais escolha há meses’. Rabello tem até dia 7 de abril para se decidir se sai.