Terceiro maior colégio eleitoral do Brasil, o Estado do Rio de Janeiro – segunda residência do presidente Jair Bolsonaro – voltou ao foco nas conversas eleitorais dentro do Palácio do Planalto para 2022.
O governador neófito Cláudio Castro (PSL) não tem garantia do apoio do presidente – e pelo constatado nas últimas semanas, tampouco quer.
Castro temia que Bolsonaro lançasse alguém. Isso, há meses. Mas o desgaste da imagem do presidente o tranquilizou. A Coluna já citou que o presidente pode lançar ao Governo um nome 100% bolsonarista, como o deputado Hélio Negão.
Os pontos eleitorais a favor do governador Castro são a retomada de investimentos com dinheiro da privatização da CEDAE (como a volta do teleférico do Alemão, citado pela Coluna), e a rejeição ao potencial adversário Marcelo Freixo no meio evangélico, muito forne na urna.
A novidade para estes grupos políticos é que a meteórica ascensão eleitoral do vice-presidente General Mourão nas pesquisas fluminenses chama a atenção.
A despeito das rusgas discretas entre eles, Mourão e Bolsonaro se falam, e pela ordem num Rio que passeia pelas páginas policiais há anos, podem se unir em torno do nome do militar – mesmo que o presidente não participe da sua campanha eleitoral.
Caso entre na disputa, como querem muitos apoiadores, Mourão tem até 151 dias antes do pleito (maio de 2022) para transferir o domicílio eleitoral de Brasília para o Rio.
Já por outro lado, o principal aliado de Lula da Silva no Estado, Washington Quaquá defende a articulação de diferentes palanques para o petista, inclusive o de Castro contra Bolsonaro.