Por Alexandre Braz, repórter da Coluna
O maior sonho do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), é que a direita vá dividida para a eleição de 2026. Na visão de quem acompanha de perto os bastidores da política fluminense, o grande temor de Paes é que as lideranças conservadoras – Altineu Côrtes (PL), Dr. Luizinho (PP), Cláudio Castro (PL) e Washington Reis (MDB) -, consigam se unir para viabilizar a candidatura do presidente da Alerj, Rodrigo Bacelar (União).
A missão desses líderes da direita é trabalhar por uma saída honrosa para o vice-governador Thiago Pampolha (União), que foi aliado de Paes nas eleições municipais de 2024. Ele perdeu força para a corrida sucessória de Castro, pois caiu em desgraça com a ala bolsonarista, algo fundamental para as pretensões da direita.
Se os líderes direitistas conseguirem um acerto com Pampolha, o caminho estará livre para Bacelar. O presidente da Alerj é visto como um nome aglutinador, que pode substituir o governador do Rio nos últimos meses de mandato. Com a “máquina” do estado nas mãos, ele fará um tripé difícil de ser vencido no Rio: a máquina, o apoio dos bolsonaristas e o apoio da política no interior do estado.