O Ministério Público do DF fechou o cerco à Assefaz, o plano de saúde de cinco carreiras do Ministério da Fazenda, que teve déficit de R$ 40 milhões nos últimos anos. Ligado ao PTB, o presidente Hélio Bernades renunciou e deixou seu braço direito, Rodrigo Vasconcelos, como superintendente-executivo. O auditor fiscal Carlos Viriato assumiu a presidência, e a promotora das Fundações, Carla Vergara, passou a acompanhar a reunião do conselho deliberativo. Ela suspendeu por ora uma intervenção. Mas deu prazo para a nova diretoria apresentar plano de recuperação.
EM CASA. Rodrigo Vasconcelos tem costas quentes na entidade. Ele também é genro de um diretor do SindiReceita, Jeter Borges de Oliveira, e negocia sua permanência na presidência.
EM RISCO. A Assefaz tem 100 mil associados pelo país e patrimônio perto de R$ 1 bilhão. Só há dois meses a entidade fez acertos fiscais, mas há déficit contábil milionário.
TÔ FORA. Bernades demitiu no início do ano a superintendente financeira Rosana Ribeiro, porque ela não quis assinar o relatório anual com o déficit.
VAIVÉM. A assessoria da Assefaz informou que a promotora participa do conselho a convite da entidade, e que envia para o MPDFT todos as informações quando solicitadas.