Até a nomeação de Renato Janine para o Ministério da Educação, PT, PMDB e PROS digladiaram na arena política pelo controle da pasta. Não apenas pelo gordo orçamento e o FIES – que se tornou um pote de ouro de sobrevida para as faculdades particulares.
O mercado do diploma da ‘Pátria Educadora’ – lema do segundo governo da presidente Dilma – explica o apetite de políticos e empresários do setor (em muitos casos aliados).
Levantamento do MEC para a Coluna mostra que há 41 pedidos de aberturas de faculdades particulares no Brasil em tramitação, e 5 mil processos de autorização para cursos em análise .
Os cursos mais pedidos nos últimos quatro anos são Engenharia Civil (964), Administração (820), Pedagogia (740), Gestão de RH (637) e Engenharia de Produção (599), conforme tabela abaixo (são números de deferidos e indeferidos, passados pelo MEC).
Mais abaixo no rank de solicitação de autorização para cursos aparecem Direito (17º lugar), Odontologia (18º) e Medicina (28º), ainda cursos muito procurados pelos vestibulandos.
MERCADO
Grupos americanos e europeus estão de olho nesse mercado no Brasil e investindo pesado na compra de faculdades, além das notórias fusões entre entidades brasileiras.
No balcão do negócio, cada aluno vale R$ 11 mil no valorizado mercado de venda de faculdades. Apenas a ‘carteira’ de uma instituição com 2 mil alunos chega a custar R$ 25 milhões.