Da coluna deste sábado, 11
O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) afrontou as regras no Aeroporto Internacional de Brasília e foi humilhado pela Polícia Federal. Na quinta-feira à tarde, ele passou pelo raio x do embarque sem dar satisfação aos funcionários, apesar de o aparelho ter acusado presença de metal e obrigar revista. Maluf já estava acomodado em seu assento na aeronave quando foi abordado por dois agentes da PF, levado escoltado de volta ao raio x, onde teve de passar novamente pelo aparelho. Tudo resolvido, o parlamentar embarcou revoltado. Disse que nunca fora “tratado dessa maneira”.
Atualização, seg, 13, 20h11 – O fato se deu na quinta, dia 9, às 15h36. Maluf se recusou a passar no raio x novamente. Seguiu para aeronave Airbus da TAM, via Portão 9, voo 3723 BSB-Congonhas. Quando foi abordado no assento pela PF.
A coluna entrou em contato com a assessoria do deputado. Até a noite desta sexta não obteve retorno. Segundo a assessoria, o parlamentar está incomunicável.
Aconteceu no Aeroporto Tom Jobim, do Rio, anos atrás: o então senador Marco Maciel (DEM-PE), ex-vice da República, foi obrigado a tirar os sapatos no raio x. E o fez.
4 comentários em “Em Brasília, Polícia Federal tira Maluf de avião e humilha deputado”
bem feito.
Ele não deveria se preocupar com o Raio x dos aeroportos! Afinal, Dinheiro suijo rumo a paraisos fiscais não iria aparecer no raio x
Coisas assim deveriam acontecer sempre, já passou da hora desses políticos saberem que não existe mais essa do “sabe com quem está falando”. Se fosse um cidadão comum estaria preso por desobediência, desacato e desordem em área federal. Mas como é deputado federal, ficou só nisso voltar ao raio-x. Bem o fato de agentes da PF ter retirado o “excelentíssimo” do avião, já foi no mínimo desagradável para ele, mas pouco diante a sua grave atitude.
Há autoridades que ainda têm mentalidade ‘neocolonialista senzaleira’ (a expressão é do mestre Carlos Guilherme Mota). Consideram-se acima de qualquer suspeita e julgam que a imunidade parlamentar as coloca em situação de privilégio. Revista em aeroporto é a coisa mais normal (e necessária) do planeta. Parabéns à PF por não ter aceito a carteirada. Vamos avançando: aos poucos, o ‘sabe com quem está falando’ oligárquico vai caindo em desuso…