A aprovação da Reforma da Previdência com folga – com 379 a favor e 131 contra – elevou o poderio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao patamar de seu antecessor, Eduardo Cunha (MDB-RJ).
O democrata herdou de Cunha os votos para ser eleito (e reeleito) presidente da Casa e a fidelidade do Centrão (SD, PL, PRB, DEM, Podemos, Progressistas), bloco que dita rumos das votações na Casa. Sem o Centrão, conquistado por Maia, o Planalto não tinha votos necessários para a aprovação da PEC. Sob desconfiança do Governo, Maia já determinou o início das discussões da Reforma Tributária em comissão especial.
A tendência, apontam deputados, é Rodrigo Maia ampliar a articulação interna e tocar a pauta da Câmara de forma cada vez mais independente do Planalto.
Desde que chegou à presidência, Maia é um dos principais críticos às edições de Medidas Provisórias e decretos presidenciais, que Bolsonaro tem usado para governar.