O presidente Lula da Silva procura um perfil plural para o cargo de Procurador-Geral da República. Palacianos citam um nome de liderança e firme, sem medo de pressões classistas, para apaziguar a ala radical interna, e também moderado – um garantista sem ego midiático – para evitar fogo no circo.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, trabalha duro para emplacar o irmão procurador, Nicolao Dino. Interlocutores de Lula afirmam que não faria sentido entregar o comando da Polícia Federal e do MP Federal aos dois irmãos.
Outros candidatos são os subprocuradores Carlos Frederico, Luiza Frischeisen e Antônio Carlos Bigonha, ex-presidente da Associação Nacional dos Procuradores.
Frederico se destaca nas investigações do caso 8 de janeiro; Bigonha é defendido por antigos aliados da ANPR; Luísa é a preferida dos lavajatistas e esquerdistas. A ex-PGR Raquel Dodge e o subprocurador Alexandre Camanho também se movimentam.