Leonel Rocha, da Coluna do Mazzini
O presidente Lula aposta no pequeno e médio produtor rural – aquele profissionalizado e organizado, sem ligações com o MST – como alternativa ao baixo apoio político que tem entre o agronegócio.
Ele apareceu de surpresa na reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que decidiu, em março, aumentar de 10% em 2024 para 20% em 2026 o percentual obrigatório que as indústrias de biodiesel vão comprar matéria prima (soja, palma, gordura animal e óleo de fritura usado) de pequenos agricultores do Nordeste, Norte e todo o semiárido do país, que abrange o Norte de Minas.
Estas compras foram de R$ 500 milhões no ano passado. Com a decisão do CNPE, serão de R$ 2 bilhões no ano da próxima eleição nacional nas três regiões. Estas compras nacionais da indústria de biodiesel aos pequenos produtores de soja e fornecedores de outras matérias primas para o biodiesel representará um negócio de R$ 9 bilhões este ano. A decisão teve o apoio do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que compõe o conselho.