O episódio da demorada saída do grupo de brasileiros na região Sul da Faixa de Gaza, via Egito, desafia quem tem memória curta para a literatura diplomática.
Quem fez a lista para o cronograma de transporte dos estrangeiros foi o Governo de Israel – e eles não se esquecem da simpatia do presidente Lula da Silva com o finado Yasser Arafat, o líder da Fatah a quem o brasileiro visitou mais de uma vez.
Tampouco esquecem as declarações de parlamentares da esquerda do Brasil em apoio à luta armada palestina. Deu no que deu.
Quando notaram a demora provocada neste sentido, o ex-chanceler Celso Amorim gastou lábia, e o embaixador Mauro Vieira, idem, até o grupo conseguir autorização para atravessar a fronteira esta semana.