Uma reunião sigilosa na noite desta quarta-feira (10) chamou a atenção de grãos petistas e socialistas. O presidenciável Fernando Haddad baixou de jatinho fretado em Brasília e foi para o apartamento do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. A reunião, que durou mais de uma hora e cuja pauta é um mistério.
O PSB anunciou apoio ao PT e Haddad na disputa contra Jair Bolsonaro no 2º turno da eleição. Nos bastidores, fontes consultadas pela Coluna nesta manhã de quinta (11) indicam que Hadadd foi fazer o convite para Barbosa ser uma apoio moral à campanha – mas não se descarta um convite oficial para ocupar o Ministério da Justiça, num eventual Governo do petista.
A ofensiva de Haddad é estratégica. Eliana Calmon, a baiana ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça, está aliada a Jair Bolsonaro, do PSL, e é apontada como potencial ministra da Justiça em eventual Governo do ex-capitão, que lidera as pesquisas de intenção.
Barbosa é filiado ao PSB e despontou no início do ano, até abril, como pré-candidato a presidente da República. Chegou a aparecer em pesquisas eleitorais, na liderança, mas abdicou da disputa antes de oficializar a candidatura.
A reunião é curiosa neste atual cenário. O então ministro do STF foi o algoz do PT no STF, como relator da AP 470, o chamado Mensalão do PT.
Procurados pela Coluna, a assessoria de Barbosa não se pronunciou. Em contato por whatsapp, o presidente do PSB foi breve, informando que não sabia do assunto, embora fontes indiquem que ele tenha participado do encontro.