O Rio de Janeiro esteve perto de uma nova e maior intervenção federal na Segurança, no dia 11 de setembro.
O episódio ficou entre portas e envolveu o chefe da Polícia Civil do Estado, Delegado Allan Turnowski, e o governador Cláudio Castro.
A Civil investigava o sumiço de três meninos em Belford Roxo, certa da culpa de traficantes, e ameaçou transferir líderes criminosos do Rio para penitenciárias federais em outros Estados.
Foi quando Turnowski recebeu recado da cúpula do Comando Vermelho: iam parar a cidade, com incêndio em ônibus, quebradeira e rebelião com mortes no complexo de Bangu.
O chefe da Polícia pediu ao governador autorização para solicitar entrada das tropas do Exército e blindados nas principais favelas do CV. Castro deu aval.
“Tenho excelente relação com o ministro da Justiça, o delegado Anderson Torres”, diz Turnowski, emendando que o presidente Bolsonaro também autorizaria a intervenção.
A conclusão do inquérito com a prova de que traficantes mataram os menores fez a facção recuar – e promover acerto de contas no bando.