Enquanto baderneiros infiltrados na greve dos caminhoneiros arrebentam motoristas no braço e defendem a intervenção militar, comandantes das Forças Armadas tranquilizam os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, dando sinais de que acompanham com atenção o cenário, mas sem concordar com a demanda. Na via oposta do grito das estradas, os oficiais seguem em defesa da “normalidade” e “diálogo”. Desde o início da greve, o comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, se encontrou com políticos e ministros do STF, e reafirmou que “o bem-estar social” deve ser preservado.
Outrora defensor da intervenção, o general Hamilton Mourão criticou os infiltrados: “pessoal tem que entender que vivemos num mundo mais complexo que o de 1964”.