O Exército não foi passivo nesta intervenção federal decidida pelo presidente Michel Temer, mas um dos protagonistas. A caserna vê a iniciativa como preparação das tropas para um eventual cenário de convulsões sociais em capitais com a iminente prisão do ex-presidente Lula da Silva, com condenação confirmada em segunda instância na Justiça. Uma vez nas ruas do Rio, as tropas podem controlar manifestos locais e usar as táticas para repetir ações em outras capitais.
A intervenção no Rio foi presente para o presidente. Tira da pauta a PEC da Reforma da Previdência, e desvia o foco da investigação contra Temer na Polícia Federal.
Os policiais do Rio trabalham para as milícias e para empresas de segurança privada. Que pagam mais. A farda virou um bico. Sem dever cívico.
Titular da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil do Planalto, Gustavo Rocha articula seu nome para ministro da Segurança. Tem apoio de ministros palacianos.