O jornalismo esportivo com presença feminina, a máfia da bola e os casos de acusação de estupro contra jogadores de futebol: estes foram alguns dos assuntos abordados pelo jornalista Roberto Wagner no último EsplanaTalk. Assista aqui a íntegra do bate-papo.
“Assim que eu entrei, em 2007, existia mais resistência a mulheres nas editorias de esporte e ao público feminino, mas atualmente tem mudado bastante. As mulheres estão fazendo muito mais parte desse mundo do jornalismo esportivo, não só cobrindo esporte olímpico – como era antigamente – hoje já são mulheres cobrindo futebol. Embora o mundo do futebol ainda seja muito machista, mas a própria reação da mulher em não aceitar esse tipo de coisa tem feito essa galera dar uma recuada em certas atitudes.”, comenta Roberto Wagner.
Sobre a suposta leniência da imprensa esportiva nos casos de acusação de estupro contra jogadores de futebol, o repórter argumenta: “o caso do técnico Cuca, eu acredito que, sim, teve o maior erro da imprensa ao longo de todos esses anos. Se 30 anos depois a imprensa ainda consegue encontrar novidades e trazer fatos novos para o Brasil é sinal que lá atrás deixou muita coisa passar. faltou a imprensa ir em busca da decisão da Corte da Suiça.”
Perfil do entrevistado
Roberto Wagner é jornalista formado pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub). Atuou como repórter de esportes nas redações do Metrópoles, Correio Braziliense e Jornal de Brasília, além de ter passado pela extinta Rádio OK (104,1FM). De 2010 a 2012, foi correspondente do Correio Braziliense no Rio de Janeiro. Chegou ao cargo de editor de esporte no Jornal de Brasília durante a Copa do Mundo de 2014, cobriu os Jogos Olímpicos do Rio 2016 e permaneceu na função até 2018. Em 2019, assumiu como editor-chefe do jornal Na Hora H. Atualmente, atua como assessor de imprensa, tendo passagens por órgãos do Governo Federal.
Por Carolina Freitas
Assista abaixo a íntegra do EsplanaTalk: