Com Walmor Parente
A equipe econômica da campanha do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) mantém-se em divergência quando o assunto é o teto de gastos públicos, instituído em 2016 pela Emenda 95.
Uma ala, comandada pelo próprio deputado e pelo guru econômico Paulo Guedes, defende a manutenção das regras que congelou os gastos por 20 anos.
Outra, respaldada por estudos que mostram que a medida – a longo prazo – pode comprometer investimentos, prega discretamente a flexibilização do teto já a partir do primeiro semestre de 2019.
Na Câmara, Jair Bolsonaro votou a favor PEC 241, que congelou as despesas públicas. À época, justificou que apoiou a proposta de Temer para o Brasil sair do “estado de letargia”, causado, segundo ele, pelos governos do PT.
Já Fernando Haddad mantém o discurso de que, se eleito, irá revogar o teto de gastos pois, na avaliação do PT, “a medida inviabiliza a gestão pública”.