Há poucos anos ainda um nicho político usado pelos governadores para alojar aliados e negócios suspeitos – em 2007 seu ex-presidente Tarcísio Franklin foi preso suspeito de corrupção envolvendo a instituição – o Banco de Brasília virou a página dos números ruins e registrou um balanço positivo, e recorde, no primeiro semestre de 2012.
Em anúncio feito há pouco em Brasília, a direção do banco estatal anunciou lucro recorde no primeiro semestre, de R$ 115 milhões – muito disso puxado pela alta das operações de crédito imobiliário para empresários (R$ 77 milhões, alta de 106%), pelos empréstimos pessoais (R$ 4 bilhões) e a empresas e pelo crédito consignado.
Fundado em 1964, tendo o GDF ainda como maior acionista, o banco sediado na capital nacional tem no perfil de clientes funcionários públicos federais e distritais, em sua maioria. Notoriamente na cidade com o maior PIB per capita do país, o banco sustenta-se com uma carteira consolidada no mercado. A direção atribuiu ainda o lucro recorde à “maior rentabilidade patrimonial entre os bancos médios” e “evolução da carteira do agronegócio” no Centro Oeste.
Os índices que confirmam o lucro recorde são significativos, em todas as áreas em que a instituição atua. O patrimônio líquido cresceu 9,29% em relação ao primeiro semestre de 2011, e chegou a R$ 869,78 milhões. Os ativos totais alcançam R$ 9,63 bilhões – alta de 10,18%. Os dados mostram que o brasiliense – assim como os clientes espalhados pelo país em mais de mil agências – depositaram mais, seguindo a tendência do ganho real na economia pessoal: os depósitos chegaram a R$ 7,2 bilhões no semestre, frente a R$ 6,5 bi no mesmo período do ano passado.