Quatro dias antes de a presidente Dilma embarcar para Nova York, onde na última Terça fez discurso ferrenho contra a espionagem americana no Brasil, o novo chanceler Luiz Alberto Figueiredo deu mostras da impotência diante da situação e de que a indignação do governo não vai passar da fala presidencial. ‘(Os Estados Unidos) não vão parar de espionar, vão continuar, e não vão pedir desculpas’, disse Figueiredo em reunião sigilosa com oito deputados, em seu gabinete no Itamaraty. O Itamaraty informou que ‘não tece comentários sobre declarações emitidas em reunião privada’’.
Bancada. Os deputados são membros ativos da Comissão de Relações Exteriores que visitaram o chanceler a seu pedido, após convite para ele ir à Câmara, do qual declinou.
Ponto positivo. Com a reunião, Figueiredo fez algo inédito na relação do Itamaraty com o Congresso e ganhou a confiança dos parlamentares. Além de se blindar, obviamente.
A comitiva. Estavam na reunião Pellegrino (PT), Perpétua (PCdoB), Zarattini (PT), Hugo Napoleão (PSD), Cajado (DEM), Azeredo (PSDB), Mendonça Filho (DEM-PE) e Sirkis (PV).
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