Em meio ao tiroteio diplomático entre o Brasil e a Nicarágua e com o Governo segurando a operação de três embaixadas em Caracas, com a crise da “eleição” de Nicolás Maduro, pela 1ª vez na História os diplomatas sindicalizados do Ministério das Relações Exteriores aprovaram no fim da tarde um indicativo de greve.
As categorias rejeitaram reajustes salariais propostos que vão de 7% (para a classe dos Terceiros Secretários) a 23% (para embaixadores).
Na nota oficial divulgada, detalham num parágrafo o porquê da decisão: “Diferentemente de outras carreiras públicas, nas quais os servidores podem chegar ao topo salarial em pouco mais de 10 anos, diplomatas costumavam levar até 30 anos para alcançar o nível máximo da carreira. Com o aumento da idade de aposentadoria para 75 anos e uma estrutura engessada com vagas limitadas por classe, número significativo de diplomatas fica estagnado nas classes iniciais ou intermediárias da carreira. Por esta razão, é grande a insatisfação nas gerações mais recentes do Itamaraty, que não têm perspectivas de desenvolvimento profissional na carreira.”