A presidente Dilma Rousseff deve anunciar em breve o desembargador Antônio Saldanha, do Tribunal de Justiça do Rio, como o escolhido para novo ministro do Superior Tribunal de Justiça.
Ele foi o mais votado na lista tríplice para a Corte, mas a decisão também é agrado a seus padrinhos políticos, os caciques do PMDB do Estado.
Ficam preteridos neste caso os desembargadores José Afrânio Vilela, do TJ de Minas, e Nelson Schaefer, do TJ catarinense.
A revelação veio à tona após episódio envolvendo parlamentares de Minas com a presidente Dilma, no Palácio, que soltou para o pequeno grupo após ser cobrada pela indefinição: “Vocês vão ter que se contentar com a minha escolha!”.
Informações adicionais posteriores, no próprio Planalto, deram conta de que o catarinense também fora preterido.
A disputa para o cargo do ministro aposentado Sidnei Beneti é ferrenha, e envolve lobbies de várias esferas de Poder. Entre eles os governadores dos Estados.
A bancada mineira já foi avisada veladamente da decisão. E está revoltada. Um deles solta: “Minas não tem representante. Santa Catarina e Rio já têm dois, cada, na Corte”.
Desde outubro Dilma segura a nomeação. Ela não gosta de pressão. E os candidatos estão mudos. O último que cantou vitória antes da hora, para o STF, ficou na USP.
Saldanha tem apoio dos ministros Luis Felipe Salomão e Bellizze, ambos do Rio. Schaefer tem o do ministro conterrâneo Jorge Mussi. E Vilela conta com o apoio do ministro João Noronha.