A presidente Dilma afagou dois políticos independentes os quais provavelmente agora terá como aliados na sua cambaleante base governista.
Numa canetada só, nomeou para conselheiros da usina binacional Itaipu Maurício Requião, irmão do senador Roberto Requião (PMDB-PR), até pouco tempo não muito afeito ao Planalto, e o ex-ministro Roberto Amaral (PSB), ex-dirigente do partido hoje oposição.
Amaral luta para retomar o controle do PSB e reaproximá-lo do PT. Maurício Requião tem caso curioso. Vagava pelo Poder atrás de bom emprego após ter sido apeado do TCE do Paraná por decisão do TJ-PR endossada pelo STF.
Ambos terão mandato até maio de 2016 e vão receber US$ 19 mil por mês – R$ 63 mil.
Para dar lugar à dupla, Dilma exonerou do Conselho Luís Pinguelli Rosa – o físico e ex-presidente da Eletrobrás, maior especialista no setor dentro do conselho – e Orlando Moisés Pessuti, filho do ex-vice-governador paranaense desafeto da família Requião.
Dilma sabe o que faz com as nomeações. Investir em Roberto Amaral é ter esperança de uma reviravolta no partido para 2018, sem o seu líder Eduardo Campos. As relações com Requião já foram piores. Além do tino independente e desbocado dele no Senado, a presidente não esquece a descompostura que passou protagonizada pelo senador, quando ele mandou o motorista assinar uma mensagem de agradecimento a ela.
À ESPERA
Quem fica no compasso de espera para Itaipu, seu sonho, é o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann. É cotado para presidir a usina.