Um ano após o encerramento dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, voltou a ficar tenso o clima entre o Quartel General e o Governo Dilma.
A demissão do general Antônio Martins Mourão do 3º Comando no Sul estava programada. Ele é tido como voz dissonante do Governo há anos. O Ministério da Defesa só esperava um pretexto para concretizá-la. E o fato novo apareceu.
Foi a homenagem póstuma feita ao coronel Brilhante Ustra no QG do 3º Comando, em Santa Maria (RS) ( lembre aqui ) , com convite enviado a altos oficiais.
Era Mourão também um dos que incitava a caserna a promover funeral com honras de chefe de Estado, com a tropa fardada, para o ex-torturador chefe do DOI-COD.
A presidente Dilma soube da homenagem no Sul e considerou provocação desnecessária. Cobrou posição do ministro Aldo Rebelo e este procurou o comando do Exército. Mas não houve ato isolado do comando, a fim de preservar o oficial.
No boletim Informex do Exército consta nomes para promoção e transferências de outros 63 oficiais em todo o País. Mourão entrou na lista, e volta para Brasília.
Em tempo, para o lugar de Martins Mourão foi designado o general Edson Leal Pujol.
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