Uma costura nada convencional pode unir ainda no primeiro turno dois partidos de esquerda e direita. Está em curso a articulação discreta entre o pré-candidato Ciro Gomes (PDT) e o DEM – tradicional aliado do PSDB e MDB nos Estados e em Brasília. Ciro conversa com o presidente do partido, o prefeito ACM Neto (Salvador), e o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que não será candidato ao Planalto. A dupla democrata sinalizou que o partido pode fechar com o pedetista se ele ajudar seus candidatos aos Governos de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro.
No Rio, o ex-prefeito Eduardo Paes, forte candidato ao Guanabara, avisou que prefere pedir votos para Ciro, com boa capilaridade nas classes C e D, do que para Alckmin.
Nome do DEM para o Governo mineiro, o deputado Rodrigo Pacheco entrou na mesma linha. A coalizão nas alterosas ainda tem a possibilidade de incluir o PSB.
Ou seja: o candidato tucano Geraldo Alckmin, em baixa nas pesquisas, está sendo rifado pelo ‘aliado’ DEM em dois dos maiores colégios eleitorais do País.