A vitória do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na eleição para presidente da Câmara dos Deputados é também uma conquista especial para a bancada evangélica e os conservadores da Casa. Os liberais, feministas e progressistas da Câmara estão em polvorosa, porque Cunha, um evangélico, prometeu à forte bancada durante sua campanha que barraria todo tipo de projeto de lei sobre direitos de homossexuais, e sobre qualquer tentativa de legalização do aborto, o que já ocorreu ano passado sob patrocínio velado do Palácio do Planalto. E o qual combateu e venceu.
Dureza
O governo federal, não apenas o Palácio do Planalto, acredita que será duro o diálogo com o presidente da Câmara. Isso inclui as demandas das Secretarias da Mulher.
Mostrou poder
Em 2014, Cunha foi o principal articulador para forçar o Ministério da Saúde a recuar sobre portaria que, para juristas, abriria brecha para o aborto em geral nos hospitais.
Alerta à tribo
Um dos projetos que prometeu tocar pela bancada evangélica é sobre a criminalização do infanticídio indígena, tratado pela Funai como algo normal pela tradição de etnias.