Por Tom Camilo
A Cruz Vermelha do Brasil sofreu uma intervenção da direção internacional da direção.
Após a justiça determinar o afastamento do presidente da Cruz Vermelha Brasileira (CVB), a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha (FICV) determinou uma intervenção para lidar com a crise de governança e liderança vivida na CVB.
A FICV divulgou uma carta para os membros do Conselho Nacional nesta terça-feira (7) na qual afirma que a situação de má gestão se tornou motivo de preocupação para a gerência da Cruz Vermelha. A CVB agora está sob monitoramento da Comissão de Conformidade e Mediação.
“Nossas conclusões destacam que tal situação de má gestão e de instabilidade se estende por um tempo muito prolongado e atingiu um nível inaceitável de risco para a reputação de toda a FICV” , informa a federação.
O ofício também lista os motivos pelos quais a organização resolveu interferir na CVB. Entre eles estão acusações de fraudes sistêmicas em todos os níveis. A FICV também afirma que a CVB não apresenta condições de superar os problemas enfrentados.
Memória: Em setembro a Coluna revelou que o então presidente da Cruz Vermelha Brasileira, Julio Cals de Alencar, foi afastado da posição pelo Conselho de Ética da CVB. Cals tentou dissolver o conselho mas foi impedido e afastado do cargo por decisão do juiz Alfeu Machado. O presidente é suspeito de desvio de conduta, irregularidades e práticas ilícitas na gestão da presidência.