Ao passo que ataca o governo brasileiro sobre um futuro incerto na economia, o banco Santander tem no currículo ações que o entregam como um risco aos seus próprios clientes e à economia do seu país sede, a Espanha.
Em passagem pelo Brasil, o presidente do Santander, o espanhol Emílio Botín, diz que a nota contra o governo – sobre o risco de reeleição da presidente Dilma – foi divulgada por analista, segundo ele sem o endosso do banco.
Mas tem um telhado de vidro. Botín e sua família sofreram devassa na Justiça da Espanha em 2011 e 2012 por supostas violações tributárias e ocultação de bens e lucros ( aqui ). Agora, Botín e o banco correm risco de virarem alvo da Receita Federal, em retaliação do governo, para verificação se o mesmo não acontece aqui.
Em evento recente, o ex-presidente Lula mandou o recado: o Brasil é o País que mais dá luco ao Santander.
TOMA QUE É SEU
O Santander adora uma confusão com correntistas. Em 1994, enviou a milhares deles na Espanha cartões de créditos, sem que os clientes pedissem, e posteriormente debitou taxas, relata o site fomentodigital – o portal também publica que Botín e diretores sentaram no banco dos réus por suspeita de crimes financeiros.
Procurada ontem, a assessoria do Santander não se pronunciou oficialmente, mas informou que a Justiça espanhola arquivou os casos em 2012 por prescrição dos crimes. Site espanhol aponta perdão do rei..
MISTÉRIO..
Insatisfeita com a resposta ‘protocolar’ do Santander, Dilma disse em entrevista que conversaria com o CEO do banco, indicando que haverá retaliação. Qual? Um mistério. O incidente acontece justo no momento em que o empresário espanhol tenta se aproximar da presidente Dilma.